16 de janeiro de 2025, por Análise Política

Romeu Zema (Novo) aumentou de 17% para 20% a alíquota do ICMS sobre importações de comércio eletrônico de até R$ 18,2 mil. A medida, publicada no Diário Oficial do Estado em 28 de dezembro, foi tomada após a aprovação do Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal). O aumento de três pontos percentuais entrará em vigor no dia 1º de abril. Apesar da decisão do Comsefaz, cada governo estadual tem autonomia para escolher o que achar mais adequado.

Perguntado pelo jornal mineiro O Tempo, fonte original da informação, se o governo de MG votou a favor, Zema não respondeu, dando a entender que sim. A Secretaria de Fazenda inclusive justificou o aumento, por meio de nota:

“A decisão segue o entendimento de promover uma competição justa da indústria e do varejo brasileiro com produtos importados, que, muitas vezes, contam com subsídios e regras trabalhistas mais flexíveis de produção em outros países”, disse.

Nikolas fica em silêncio

Autor de um vídeo viral que gera grande desinformação sobre uma norma da Receita Federal a respeito de movimentações financeiras bancárias acima de 5 mil reais, o deputado federal mineiro Nikolas Ferreira (PL) ignorou o aumento. Aliado do partido Novo, Nikolas costuma votar ou se posicionar de acordo com a conveniência política: se for aliado, ele "passa pano" pra tudo; se for opositor, vota inclusive contra redução de impostos e atua de modo agressivo e com uso de fake news.

Por isso, votou contra a Reforma Tributária do governo Lula, que zera impostos sobre alimentos essenciais, como arroz, feijão, carne, ovos, frango, leite, café e outros. E também sobre mais de 800 remédios, inclusive contra o câncer.

A hipocrisia da velha política, do "quanto pior, melhor", resume a atuação parlamentar e política do deputado e de toda a extrema-direita.