Lula x Bolsonaro: veja quem mais valorizou o salário mínimo
Crescimento do salário mínimo sob os dois últimos presidentes revela grandes diferenças
27 de dezembro de 2024, por Análise Política e Fabrício Pianca
A política de valorização do salário mínimo adotada pelo presidente Lula evidencia o compromisso social do petista em comparação com o seu antecessor, Jair Bolsonaro, de extrema-direita.
Por um lado, apresenta-se apenas a reposição da inflação, com ganho real próximo de zero. Nominalmente, um crescimento pífio de R$ 258,00 (diferença entre R$ 954,00 e R$1212,00 no intervalo de 2019 - 2022) na massa salarial. Enquanto os alimentos subiram 47,5% sob Bolsonaro, o salário mínimo teve alta de 27%, resultando em queda de 20,5% no poder de comprar comida dos mais pobres e pessoas comendo osso do lixo. Apenas em 2019, sem pandemia, a alimentação subiu 7,84%, mais que 2023 e 2024 juntos, metade do governo Lula, 6,46%.
Com Lula, o salário mínimo foi de R$1212,00 para R$1518,00 em 3 anos. Ou seja, enquanto Bolsonaro demorou 4 anos para ampliar apenas 258 reais, o governo petista aumentou R$ 58,00 a mais em menos tempo. Em ganhos reais, o aumento até agora foi de 7,6% nos primeiros 2 anos, considerando a inflação (INPC) de 8,3% em 2023/2024 e a alta de 15,9% no salário. Se olharmos apenas a inflação de alimentos no período (6,46%), o crescimento do poder de compra salta para 9,44% (15,9 - 6,46)!
Sim, é verdade que alguns alimentos estão caros no supermercado, mas muito mais pela disparada de quase 50% entre 2019 e 2022, do que pelo aumento de 6,46% no acumulado de 2023/2024.
Mantido o ganho real de pelo menos 2,5% ao ano, o salário mínimo terá 22,26% de crescimento no poder de compra entre 2023 e 2030.
Prejudicado por um Congresso e elite financeira muito mais conservadores que há 20 anos, a política fiscal de Lula 3 acaba também sendo mais conservadora em relação aos seus dois primeiros mandatos, quando o ganho real no salário mínimo foi de 5,6% ao ano, totalizando 44,6% em 8 anos, mas ainda assim incomparável com o ganho real próximo de zero de Bolsonaro (1,17%, para ser exato) e seus apoiadores radicalmente neoliberais. Se Bolsonaro e seu guru, Paulo Guedes, estivessem governando o país nos últimos 21 anos, entre 2003 e 2024, sem a existência do período petista, o salário minimo hoje seria R$ 876,05, considerando a correção monetária do salário mínimo de 2002, R$ 200,00, sem ganhos reais. (veja aqui). Já com a inclusão dos 17 anos de Lula e Dilma, entre 2003 e 2026, os brasileiros mais pobres conseguiram 71,6% de aumento real.
É matemática, Lula e Bolsonaro estão em patamares diferentes quando se trata da valorização do salário mínimo.

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