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A pedido de Dino, PF começa a investigar emendas de 4 bi

A pedido de Dino, PF começa a investigar emendas de 4 bi

Ministro atendeu a solicitação do PSOL, após Congresso não informar padrinhos dos valores

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24 de dezembro, por Análise Política

A Polícia Federal instaurou nesta terça (24) o inquérito que vai investigar a destinação de 4,2 bilhões em emendas parlamentares sem transparência, com os nomes de quem fez a indicação da verba não revelados pelo Congresso Nacional.

O formato sem transparência é feito através do repasse da verba para líderes partidários, sem o público saber os deputados que indicam o destino dos valores. O autor do "esquema" é o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), deputado por Alagoas, estado que recebe 500 milhões em emendas. Como quer se candidatar ao Senado em 2026, o uso extenso de emendas é estratégico para Lira.

Sem medo de represálias e cumprindo um papel brilhante, até aqui, como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino julga apenas tecnicamente, sem interesses politiqueiros por trás, para desespero de políticos que transformam o Estado brasileiro em um balcão de negócios visando atender apenas aos próprios interesses eleitorais, empresariais e financeiros.

Operação Overclean

A operação faz parte de uma força-tarefa que reúne PF, Ministério Público Federal (MPF), Receita Federal e Controladoria-Geral da União (CGU), responsável pela investigação de desvios em emendas parlamentares que podem chegar a 1,4 bilhão, em São Paulo, Goiás e Bahia. Já foram expedidos 17 mandados de prisão preventiva e 43 de busca e apreensão em 10 cidades.

Entre os presos, estão José Marcos Moura, empresário conhecido como Rei do Lixo, por ser dono da empresa MM Limpeza Urbana, e Francisco Nascimento, primo do deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA). Francisco tentou se livrar de uma mala com 220 mil reais em espécie, antes da chegada da polícia.

De acordo com a operação, a organização criminosa usava as emendas, através do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), para fraudar contratos públicos e beneficiar deputados, prefeitos, vereadores, servidores municipais e empresários.

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