Português (Brasil)

Refutamos Eduardo Bolsonaro sobre o preço da picanha

Refutamos Eduardo Bolsonaro sobre o preço da picanha

Deputado compartilhou os preços nominais, desconsiderando o poder de compra do salário mínimo

Compartilhe este conteúdo:

25 de dezembro de 2024, por Análise Política

Ao compartilhar uma matéria desonesta estatisticamente do site Poder360 sobre o preço da picanha em 2024, Eduardo Bolsonaro acabou comprovando que o poder de compra do salário mínimo está maior hoje, sob Lula, do que em 2022, último ano de seu pai, Jair Bolsonaro (PL), na presidência.

PODER360 mente e distorce informações

Em seu artigo citando o preço atual da picanha, o site mentiu ao dizer que Lula "prometeu picanha nominalmente mais barata". Em 2022, o então candidato disse em algumas oportunidades que "os pobres voltariam a comer picanha", mas não necessariamente através da deflação do produto. Lula se referia ao poder de compra da população, após as carnes subirem impressionantes 60% entre 2019 e 2022, enquanto o salário mínimo permaneceu congelado, sem ganhos reais, apenas com a reposição do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), cerca de 27% no período. Em termos reais, o salário mínimo perdeu 33% do poder de compra sobre as carnes.

No gráfico mostrado pelo site, a picanha subiu 72% sob Bolsonaro, no estado de SP. Apenas no primeiro ano de seu governo, em 2019, sem pandemia, o item deu um salto de 39%. No caso das carnes em geral, a nível nacional, o aumento foi de 32%, de acordo com o IBGE.

Poder de compra melhora sob Lula

Em SP, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola de SP, a picanha subiu 5% nos primeiros 2 anos de Lula, de R$ 73,80 para R$ 77,40. Já o salário mínimo subiu 16%, resultando no aumento de 11% no poder de compra dos mais pobres, dado ignorado pelo Poder360 e Eduardo Bolsonaro.

A nível nacional, mesmo com a alta em 2024, a picanha ainda acumula deflação de 5,76% desde 2022. Como o salário mínimo subiu 16%, o poder de compra cresceu ainda mais do que em SP: +21,76%.

No X, respondemos a falácia de Eduardo Bolsonaro e sua fonte. Hoje, o salário mínimo compra 18,2 kg de picanha; em 2022, 16,4 kg.

Compartilhe este conteúdo:

  Seja o primeiro a comentar!

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Envie seu comentário preenchendo os campos abaixo

Nome
E-mail
Localização
Comentário