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Os potenciais candidatos a presidente em 2026

Os potenciais candidatos a presidente em 2026

Próxima eleição presidencial deverá ter a centro-esquerda unificada e a direita dividida

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08 de janeiro de 2025, por Análise Política

Faltando menos de 2 anos para a próxima eleição presidencial, os possíveis candidatos já começam a aparecer. Alguns nomes surpreendentes, outros nem tanto.

Lula (PT): o atual presidente deve ir para a sua sétima disputa nacional, podendo conquistar um inédito 4° mandato. Registrando 52% de aprovação na última pesquisa Quaest de avaliação, em dezembro de 2024, Lula venceria a disputa hoje, sustentado principalmente pelo menor desemprego da história (6,1%), ganho real do salário mínimo de 6%, crescimento econômico acima de 3% por 2 anos seguidos, ampliação de programas sociais, como o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e Farmácia Popular, e a criação de outros, como o Pé de Meia, que já alcança 4 milhões de estudantes do ensino médio. Até 2026, apenas esta última iniciativa deve beneficiar quase 7 milhões de adolescentes e familiares. Os desafios do governo são controlar a inflação de alimentos, de quase 8% em 2024, de combustíveis (gasolina subiu 24% em 23/24), o preço do dólar, que pode aumentar a inflação, e manter a economia aquecida por 4 anos, evitando retração no PIB, que resultaria em alta do desemprego.

Jair Bolsonaro (PL): condenado e inelegível até 2030, Bolsonaro deve tentar reverter a sua situação até o último momento, repetindo Lula em 2018. No entanto, é quase impossível que consiga e deverá indicar um aliado no último momento.

Tarcísio de Freitas (Republicanos): apesar de integrar a extrema-direita, o governador de SP é o nome preferido da direita, mercado financeiro e imprensa, pois encarna perfeitamente a agenda liberal defendida por eles. Privatizações generalizadas, teto de gastos para congelar as despesas com benefícios sociais, salário mínimo e pisos da saúde/educação, além da flexibilização de direitos trabalhistas são algumas das medidas defendidas por esses segmentos.

Pablo Marçal (PRTB): surpresa na corrida eleitoral da capital paulista, em 2024, o empresário e coach está no campo da extrema-direita, alinhado a Jair Bolsonaro ideologicamente, mas com pretensões de crescer na política institucional sem se subordinar ao ex-presidente. Na primeira pesquisa Quaest, em setembro, apareceu com 18%, empatado tecnicamente com Tarcísio (15%), mas atrás de Lula (32%). A rejeição de 43% limitaria o desempenho de Marçal.

Ronaldo Caiado (União Brasil): governador bem avaliado em Goiás, vai precisar primeiro garantir o apoio de seu partido, União Brasil, dividido sobre apoiar a sua candidatura ou a de Lula. Depois, superar o desconhecimento nacional: 59% dos eleitores não o conhecem.

Gusttavo Lima (Sem Partido): grande surpresa dos últimos dias, o cantor sertanejo anunciou o desejo de se candidatar a presidente. Se é pra valer ou não, só saberemos com o tempo. Pesa a seu favor o alto nível de conhecimento popular, alcançado em sua carreira artística, como um dos cantores mais ouvidos do país. Contra si, a falta de experiência, proximidade com Jair Bolsonaro, rejeitado por 57% dos eleitores, e a oratória ruim.

Eduardo Leite (PSDB): governador do Rio Grande do Sul, pode concorrer para representar o seu partido, cada vez mais enfraquecido após ser substituído pelo Bolsonarismo, na polarização histórica com o PT. Apesar de bom orador, dificilmente seria competitivo numa disputa presidencial.

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