Em Alagoas, Lula lidera próxima eleição presidencial com 61%
Na primeira pesquisa Ibrape feita no estado nordestino sobre 2026, Lula (PT) sai na frente para presidente. O instituto também captou as intenções de voto para o senado e governo estadual
23 de dezembro de 2024, por Análise Política
Na disputa presidencial de 2026, Lula (PT) sai na frente em Alagoas, com muita folga. O presidente venceria no primeiro turno, repetindo o resultado de 2022. Renan Calheiros (MDB) e Arthur Lira (PP) lideram as duas vagas para o Senado, enquanto Renan Filho venceria o prefeito de Maceió, JHC (PL). Confira:
ELEIÇÃO PRESIDENCIAL (VOTOS VÁLIDOS)
- Lula (PT): 61%
- Flávio Bolsonaro (PL): 32%
- Marçal (PRTB): 6%
- Caiado (União Brasil): 1%
GOVERNO ESTADUAL (2° TURNO - VÁLIDOS)
- Renan Filho (MDB): 56%
- JHC (PL): 44%
SENADO (1° E 2° VOTO SOMADOS - VÁLIDOS)
- Renan Calheiros (MDB): 57%
- Arthur Lira (PP): 55%
- Paulão (PT): 19%
- Eudócia Caldas (PL): 14%
APROVAÇÃO DO GOVERNO FEDERAL
Chegando ao fim de seu segundo ano de mandato, Lula registra ótima aprovação em Alagoas, considerado o estado menos Lulista do Nordeste, onde o presidente teve o menor desempenho em 2022, com 59%, 10 pontos a menos que a média do Nordeste.
LULA BEM AVALIADO
- Ótimo/bom 45%
- Regular 23%
- Ruim/péssimo 30%
- Aprovação 63%
- Desaprovação 37%
POR REGIÃO DO ESTADO
- Mata: 68%
- Agreste: 67%
- Sertão: 65%
- Grande Maceió: 62%
- Norte: 60%
- Sul: 59%
- Maceió (capital): 51%
Destaques e pontos fracos
A pesquisa Quaest de dezembro, que mediu a avaliação do governo no Brasil inteiro, captou também os aspectos que justificam a boa aprovação e também a rejeição a Lula. Pelo lado positivo, a ampliação e criação de programas sociais, como o Novo Bolsa Família, Farmácia Popular, Minha Casa Minha Vida e o Pé de Meia, e a redução histórica do desemprego, em 6,1% em novembro, menor índice da série histórica do IBGE, iniciada em 2012. Os dois pontos alcançam em cheio as classes D/E, mais de 70% da população do Nordeste e de Alagoas.
Já a rejeição, concentrada principalmente nas camadas de renda média e média-alta, além dos evangélicos, se explica pelo custo de vida ainda alto, sobretudo em itens mais consumidos por essa faixa da população, como os combustíveis. A gasolina, no acumulado de 2023/2024, registrou 24% de aumento. O etanol subiu mais de 20% em 2024. Enquanto o diesel teve redução de 3%, desde o fim de 2022, aliviando um pouco o bolso principalmente dos caminhoneiros.
Cabe destacar também a força do Bolsonarismo no segmento evangélico, apoiado por pastores que aglutinam milhões de seguidores, e nas redes sociais. Isso facilita a construção de narrativas, muitas vezes distorcidas, que visam desgastar o governo.
O Instituto Ibrape, que teve ótimo desempenho na última eleição presidencial e estadual em Alagoas (2022), entrevistou 3000 pessoas, entre 13 e 17 de dezembro. A margem de erro é de 3 pontos e o índice de confiança de 95%.

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