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China zera impostos de países mais pobres

China zera impostos de países mais pobres

Medida deve beneficiar principalmente o continente africano

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11 de dezembro de 2024, por Análise Política

Desde 1° de dezembro de 2024, a China decidiu zerar os impostos de importação de países menos desenvolvidos, com renda bruta per capita inferior a 1.018 dólares ao ano, desde que tenham relação diplomática com o país. Os maiores beneficiados serão as nações mais pobres da África, como Burundi e Sudão do Sul.

No total, os países menos desenvolvidos representam 14% da população mundial, de acordo com a ONU, mas participam de apenas 1% do comércio global. Com exportações mais competitivas para a China, esse percentual deve subir, impulsionando o crescimento econômico, geração de empregos e a renda de aproximadamente 1,1 bilhão de pessoas.

Investimentos da China na África disparam em 17 anos

O avanço chinês nas relações comerciais com a região mais pobre do mundo não é recente, embora tenha dado um passo maior neste momento. Segundo dados da Iniciativa de Pesquisa China-África (CARI, inglês), da Universidade John Hopkins (EUA), os investimentos da China nos países africanos subiram de 74,8 milhões de dólares, em 2003, para 4,23 bilhões, em 2020, aumento superior a 5.000%. Nos próximos 10 anos, o presidente chinês, Xi Jinping, promete investir 50 bilhões de dólares na África.

Comércio internacional

Diante da concorrência internacional pelos mercados mundiais, principalmente com os EUA, a China vem apostando cada vez mais na proximidade diplomática e em investimentos pesados na infraestrutura de nações onde quer se instalar. Seja em países da África, América do Sul ou mesmo na Ásia. A Coreia do Norte, por exemplo, tem 80% da sua balança comercial sustentada pelo apoio chinês. Cuba e Venezuela conseguem o básico de divisas internacionais graças aos investimentos da China. O Brasil também não escapa dos efeitos desta nova configuração geopolítica, pois tem no parceiro asiático o principal consumidor de suas exportações, baseadas principalmente na agropecuária e extrativismo.

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