Trump defende anexar o Canadá aos EUA
Presidente eleito se manifestou na rede social Truth Social a favor da anexação
23 de dezembro de 2024, por Análise Política
Eleito presidente dos EUA, Donald Trump (Partido Republicano) defendeu a inclusão do Canadá como o 51° Estado norte-americano, em medida que visa ampliar o domínio do país sobre o resto do mundo, em típica política colonialista e imperialista.
“Ninguém pode responder por que subsidiamos o Canadá em mais de US$ 100.000.000 por ano? Não faz sentido! Muitos canadenses querem que o Canadá se torne o 51º Estado. Eles economizariam muito em impostos e proteção militar. Acho que é uma ótima ideia. 51º Estado!”, afirmou.
Trump já havia ameaçado taxar em 25% as importações vindas do Canadá, algo que prejudicaria brutalmente o vizinho, que exporta 75% de seus produtos aos EUA. A posibilidade de uma guerra econômica vem num momento de crise na política canadense, após a renúncia da Ministra das Finanças, Chrystia Freeland.
Ameaça aos membros do BRICS
O líder estadunidense também ameaçou taxar em 100% os países do BRICS, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, caso criem ou apoiem uma moeda substituta ao dólar nas transações internacionais.
“Exigimos que esses países se comprometam a não criar uma nova moeda do Brics nem apoiar qualquer outra moeda que substitua o poderoso dólar americano, caso contrário, eles sofrerão 100% de tarifas e deverão dizer adeus às vendas para a maravilhosa economia norte-americana”, escreveu em sua rede social, o Truth Social.
Natureza do Imperialismo Estadunidense
Com ou sem Trump, é importante examinarmos o histórico imperialista dos EUA, uma nação que se sustenta através do controle dos mercados de países do terceiro mundo. Da indústria militar à tecnologia de ponta, eles precisam que seus produtos sejam prioritariamente consumidos pela população mundial. Quando se sentem ameaçados diante de países concorrentes, como a China nos tempos atuais ou a União Soviética no século passado, travam conflitos comerciais ou financiam atividades "incomuns", como golpes militares, a exemplo de Pinochet no Chile, os militares no Brasil (1964-1985), dentre outros exemplos.

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